Como plantar um Pessegueiro

Postado em abr 12, 2019

POR ONDE COMEÇAR

Você pode plantar um pessegueiro a partir de sua semente ou muda, processo que levará de 3 a 6 anos para iniciar a produção de frutas. Nesse caso, selecione os pêssegos mais saborosos e separe seus caroços, colocando-os para secar por alguns dias. Quando sua estrutura estiver mais frágil, é o momento de abri-los para então encontrar as sementes do pêssego. Porém, o mais indicado é que você compre um pessegueiro jovem de um viveiro, para reduzir o tempo de espera até que as frutas apareçam, o que pode variar de 1 a 2 anos. Certifique-se de comprar sua muda num viveiro confiável, e escolha aquela que tiver bastante galhos e folhas verdes, sem qualquer indício de doenças na folhagem e machucados nos ramos.

TERRENO IDEAL

Para fazer o plantio do pessegueiro, é necessária uma área de pelo menos 1,5 m de diâmetro sem grama nos arredores e de 35 cm de profundidade para que as raízes tenham um bom suporte ao crescerem. O solo ideal é aquele de textura média, com equilíbrio entre as quantidades de argila, limo e areia. Para favorecer o desenvolvimento vertical de suas raízes, a profundidade do solo deve ser de 1 metro. Isso significa que, ao cavar um buraco de 1 metro de profundidade, ainda não é possível alcançar a camada de impedimento (rocha ou lençol freático). As covas para fazer o plantio devem ser bem irrigadas antes do plantio, para evitar que as mudas desidratem. E também devem ser enriquecidas com adubo e esterco para tornar o solo mais fértil pelo menos 30 dias antes do plantio. Os pessegueiros podem atingir até 8 metros de altura. Portanto, devem ser plantados em uma área arejada e espaçosa. A melhor época para fazer o plantio das mudas é quando elas se encontram no estado vegetativo. Ou seja, entre os meses de julho e agosto.

CLIMA IDEAL

Durante a fase vegetativa, ocorre o crescimento de novas folhas, galhos e flores que darão origem aos frutos. Essa fase ocorre logo após o inverno e termina na colheita. Nessa etapa, o pessegueiro precisa de dias quentes e noites frias, sendo ideal locais com grande amplitude térmica. Quanto maior for essa diferença de temperatura, principalmente próxima a época da colheita, maior será o teor de açúcar da fruta e mais atrativa será sua coloração. A fase da dormência ocorre com a chegada do inverno, quando a planta se prepara para passar pelas condições de frio. Para isso, as gemas vegetativas (que formarão folhas e galhos) e as gemas floríferas (que formaram as flores) deverão se formar completamente. Para concluir esse processo, a planta precisa de temperaturas inferiores a 7°C. Assim sendo, a planta se adapta melhor em regiões mais afastadas da linha do equador, onde a incidência de raios solares é menor e portanto, mais amenas são as temperaturas. Além disso, quanto maior a altitude da região, menores são as temperaturas, o que favorece a produção do pêssego. Assim sendo, mesmo em regiões onde o clima não é ameno, algumas propriedades com grandes altitudes, podem apresentar as condições climáticas favoráveis para o plantio de pêssegos.

PODA

  1. Poda de formação Essa poda será feita desde o plantio da muda até que a árvore atinja o tamanho e formato desejados. A principal função dessa poda é orientar a formação da copa, de maneira que ela seja capaz de sustentar a futura produção da planta. Durante o primeiro ano, a frutificação deverá ser administrada com bom senso, uma vez que ela compete com a formação da planta. A partir do segundo ano, já é possível que a planta produza até 5 kg de frutas. No terceiro ano 10 kg, e no quarto ano 20 kg. A partir do quinto ano, a produção da planta se estabiliza.
  2. Poda de frutificação Devido ao hábito de frutificação dessa espécie, a árvore deverá ser podada com frequência. A melhor época para a poda de frutificação é logo após o inverno, quando ocorre o inchamento das gemas. Nesse período não é interessante realizar cortes severos, o que poderia causar brotações vigorosas e levar a planta ao desequilíbrio. Uma boa poda de frutificação consiste em alguns poucos e pequenos cortes que visam basicamente a retirada de ramos secos, doentes, quebrados e machucados; e o encurtamento de ramos que já produziram para que eles se renovem para produzir no ano seguinte. Os principais objetivos dessa poda são deixar um número adequada de ramos produtivos para equilibrar produção e vegetação, manter a produção próxima dos ramos principais, obter maior quantidade de frutos com boa qualidade, eliminar ramos com problemas e controlar a estrutura da planta.
  3. Poda de outono Essa poda deve ser feita no mês de abril, logo após a colheita. Sua principal função é dar uma estrutura adequada às plantas, garantindo uma boa distribuição entre produção e vegetação. Deixando os ramos bem distribuídos por toda a planta, para potencializar ao máximo sua produção. Devem ser podados os ramos ladrões que possuem excesso de produção vegetativa, mal posicionados, e doentes ou secos. Nessa etapa não se deve podar os ramos que frutificaram no ano anterior, sendo que essa poda deve ser feita no inverno (durante a poda de frutificação). É muito importante fazer a proteção dos cortes com pasta fungicida, que deve ser espalhada com um pincel por toda a extensão do corte. Isso irá proteger a planta de doenças que causam cancros e gomose. Após a poda é muito importante que os ramos podados sejam retirados do pomar, de modo a não se tornarem foco para proliferação de doenças. Os ramos eliminados podem ser queimados, enterrados ou triturados para facilitar seu apodrecimento.
  4. Poda vegetativa Conhecida como poda verde, tem como objetivo melhorar a produtividade das plantas e a qualidade dos frutos produzidos, através do aumento da aeração e da entrada de luz na planta. Essa poda deverá retirar ramos vigorosos voltados para o interior da copa, que causam sombreamento nos frutos e na própria planta. Também deverão ser eliminados os ramos ladrões que possuem excesso de produção vegetativa.
  5. Poda de renovação É uma poda drástica realizada durante o inverno, que deixa apenas os ramos primários com 30 a 50 cm de comprimento. Seu objetivo é renovar os ramos básicos da planta para que em seguida ocorram as brotações.

RALEIO

O raleio consiste em aumentar a distância entre um fruto e outro, através da eliminação de alguns frutos que competem entre si e acabam por não ter nutrientes suficientes para crescer ao seu máximo potencial. Devem ser eliminados os frutos doentes, menores e mal colocados. É interessante manter uma distância de 5 a 8 cm entre os frutos. Sendo que nos ramos muito finos deve-se deixar de 1 a no máximo 2 frutos. A melhor época para fazer o raleio é quando os frutos atingem 2 cm de diâmetro. Sendo que se pode deixar a quantidade desejada e definitiva de frutos para essa planta logo no primeiro raleio, não sendo necessário refazê-lo. Os principais resultados do raleio são: • Aumento da qualidade e do tamanho dos frutos produzidos • Redução nos custos da colheita • Evitar quebra de galhos pelo peso excessivo de frutos • Manter o equilíbrio entre produção e vegetação • Diminuir o risco de ataque de pragas

O pessegueiro é uma árvore que requer alguns cuidados, mas é uma ótima opção para ter no quintal. Uma vez que além de produzir frutos deliciosos, é uma árvore muito bonita que trará aconchego e beleza para seu lar. Aproveite nossas dicas e plante o seu!